A metodologia do projeto parte da defesa dos direitos da criança e do adolescente e dos fundamentos da Educação Social. Para tal, são utilizados jogos e brincadeiras como instrumentos para fomentar a participação e formação política e social dos envolvidos. As brincadeiras realizadas em cada encontro com os participantes do projeto no bairro são programadas, entretanto flexíveis, visto que as crianças e adolescentes têm a liberdade de sair, entrar, propor novas regras, bem como sugerir novas brincadeiras para serem realizadas. Como parte também do nosso projeto, os educadores passam pelas ruas do bairro convidando as crianças e adolescentes para irem brincar, bem como conversando com as famílias podendo também conhecer um pouco mais da realidade do bairro. Ao final das intervenções todos os educadores têm como responsabilidade escrever um relatório a respeito de suas percepções e vivências das atividades lúdicas com as crianças e adolescentes. Tal relatório não segue um padrão, pois preza pela riqueza dos detalhes no olhar de cada educador, desde sentimentos até relatar de forma sistemática as atividades realizadas. Todavia, busca-se sempre deixar registrado nos relatórios os nomes e as idades das crianças e adolescentes, bem como grau de parentesco com outros participantes.  

Para que os educadores possam ser parte das ações educativas no bairro, exige-se que os mesmos estejam em constante formação. Esta acontece semanalmente, sendo que na primeira parte se estuda o conteúdo lido durante a semana determinado no encontro anterior, como por exemplo, Paulo Freire (1997), Verônica Müller (2012, 2011), Violeta Nuñez (2002, 2004), Manoel Sarmento (2002, 2003), bem como artigos e livros a respeito do lúdico e brincadeiras, posteriormente lemos os relatórios e/ou comentamos sobre a experiência do sábado, buscando compreender os comportamentos de determinadas crianças. Por último realizamos o planejamento das atividades oferecidas no sábado.